MÁRIO BELOLLI - BRASIL
Mário Belolli. Florianópolis - Estado de Santa Catarina (Brasil). Historiador, biógrafo, poeta e promotor cultural. Bacharel e Licenciado em história pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, membro Emérito do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Santa Catarina, membro Emérito Correspondente da Academia Boliviana de História, membro fundador da Academia Criciumense de Letras, membro fundador da Academia Criciumense de Filosofia, criador de Sindicatos de Trabalhadores, idealizador do projeto cultural ComPar-Poesía, com participação nacional e internacional, é autor e coautor de uma dezena de livros de história e biografia, de âmbito regional e estadual. É autor de uma série de antologias de âmbito internacional.
ALMA ABSTRATA!
O poeta não inventou,
não reinventou a alma.
Ela está aí no peito,
do seu jeito.
Sua busca incessante,
ontem, hoje e sempre.
Se projeta em imagens,
num olhar latente,
Em formas diferentes.
Vem como uma pena,
levemente descendo do céu.
Vem trazida pelo vento,
ao léu.
Seu rumo incerto,
posa no sentido manifesto.
Nas carícias pensadas,
tocadas em profundeza.
Na certeza do pensar poeta.
Existe em cada jeito de ser.
Se estremece do interior em cada emoção.
Eleva-se pelas palavras,
em poesias derramadas,
em cada coração!
O poeta não inventou!
Nem mesmo no seu pensar.
No seu olhar,
no seu buscar.
Existe, como a existência do firmamento,
no seu pensamento.
Sente no seu respirar profundo,
em todas palavras posadas.
Elevadas no sentimento!
EXISTÊNCIA!
Existir, não existir.
Esqueci de dizer:
Não existo.
O poeta não existe.
Não existe sem a palava.
Sem o sentimento,
Sem a alma.
Posso escrever
Ou não escrever.
Apenas dizer:
Não faz a mínima diferença,
Não presença,
Ou na ausência.
A poesia diz tudo,
Contudo,
Não diz nada,
Para a alma apequenada.
EMOÇÃO
Vai poesia, toca aquela alma aflita.
Bendita como a flor de jardins.
No perfume das rosas,
Entre cravos, rosas e jasmins.
Nas diversas cores, entre tantas
Que encantam no gotejo da chuva
Na neblina do arco íris,
No brilhar das estrelas e da lua..
Vai poesia, toca aquele coração aflito,
Bendito no bem querer.
Na emoção do corpo em chamas,
Que queima em brasa, numa canção.
Espere poesia o seu tempo,
Invadindo o sentimento afugentado,
Acorrentado em amarras infinitas.
Vai poesia, deixa as marcas dos desejos,
Na imensidão dos beijos.
Na explosão das palavras intensas de amor..